A lenda
do bom velhinho foi inspirada em uma pessoa verdadeira: São Nicolau, um bispo
católico que viveu há muitos séculos atrás. Embora tenha sido um dos santos
mais populares do Cristianismo, atualmente poucas pessoas conhecem sua
história. Ele viveu em Lycia, uma província da planície de Anatólia no sudoeste
da costa da Ásia Menor, onde hoje existe a Turquia.
A
história diz que ele nasceu no ano de 350 e ainda jovem viajou para o Egito e
Palestina, onde se tornou bispo. Durante o período da perseguição aos Cristãos
pelo Imperador Dioclécio, ele foi aprisionado e solto posteriormente pelo
sucessor Constantino, o Grande.
Em meados
do século IV, o santuário onde foi sepultado, transformou-se em uma nascente de
água. Em 1.087, seus restos mortais foram transportados para a cidade de Bari
na Itália que se tornou em um centro de peregrinação em sua homenagem. Milhares
de igrejas na Europa receberam o seu nome e a ele foram creditados vários
milagres. Uma das lendas conta que ele salvou três oficiais da morte aparecendo
para eles em sonhos.
“Ele
ficou conhecido em todo o Oriente por sua bondade e pela atenção com as
crianças”, afirma frei Luiz Carlos Susin, professor de Teologia da PUC - RS
(Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). Diz à lenda que
Nicolau presenteava as crianças, no dia de seu aniversario, em 06 de Dezembro.
São
Nicolau foi escolhido como o santo patrono da Rússia e da Grécia. É também o
patrono das crianças e dos marinheiros. A transformação de São Nicolau em Papai
Noel começou a se espalhou pela Europa e a data da entrega de presentes acabou
se confundindo com o nascimento de Cristo. “Quando a história chegou à
Alemanha, no século XIX, sua imagem passou definitivamente a ser associada com
a festividade de Natal e as costumeiras trocas de presentes no dia 06 de
Dezembro e o bom velhinho ganhou roupas de inverno, renas, um trenó de neve e
uma nova casa: o Pólo Norte”, afirma Luiz.
Antes a
essa época, Noel ainda era representado como um homem alto e magro com roupas
que variam de cor – dependendo do relato, elas eram azuis, amarelas verdes ou
vermelhas.
A
silhueta rechonchuda, o rosto barbudo e os trajes vermelhos que conhecemos hoje
apareceram pela primeira vez na revista americana “Harper’s Weekly” em 1.881. A
figura, desenhada pelo cartunista Thomas Nast, sofreu uma nova transformação em
1931, na criação de um anúncio para a Coca-Cola, o desenhista Haddon Sundblom
acrescentou um saco de presentes e um gorro ao personagem. A série de
comerciais que mostrava Noel metido em situações engraçadas para entregar seus
brinquedos rodou o mundo, popularizou essa imagem e, claro, turbinou as vendas
do refrigerante.
O nome
Santa Claus, como Noel é conhecido em inglês, é uma adaptação de Sinter Klaas,
forma como São Nicolau era chamado pelos holandeses, que levaram suas tradições
natalinas para colônias na América no Século XVII (entre elas a região da
cidade de Nova York).
Já por aqui, a origem da
expressão “Papai Noel” tem raízes no idioma francês, no qual “Noel” significa
“Natal”. Ou seja, no Brasil, o bom velhinho ganhou um carinhoso nome que
significa literalmente “Papai Natal”.
Curiosidade:
Lar
gelado – Finlandeses dizem que o bom velhinho mora na Lapônia.
A lenda
que Noel vivia no Pólo Norte, onde comandava sua oficina de brinquedos, serviu
para os finlandeses estimularem o turismo local. Na década de 1.950, o governo
construiu uma vila de madeira na cidade de Rovaniemi, na região da Lapônia, que
acabou se tornando no lar oficial do Papai Noel.
Quem
decide enfrentar o rigoroso inverno Ártico pode entregar seus recados
pessoalmente a um dublê do bom velhinho, que recebe aproximadamente 700 mil
cartas por ano – quase todas, é claro, com pedidos de presentes.
Gazeta de Piracicaba. 11/12/2005.
Pesquisas na Internet.
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