Dia 25 de agosto é consagrado ao soldado brasileiro. O soldado é o
cidadão fardado precussor na defesa da sua pátria e das instituições. O
civil é um soldado licenciado sempre pronto a ser convocado quando as
circunstâncias exigirem. O Exército, a Marinha, a Aeronáutica e a
Polícia Militar são forças devotadas à defesa da pátria, da ordem e das
instituições.
25 de agosto foi designado Dia do Soldado porque neste dia, em 1803,
nascia na cidade de Estrela, no Estado do Rio de Janeiro, Luiz Alves de
Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, o maior soldado-estadista do
nosso país. Descendente de uma família de militares, desde os cinco anos
de idade ele já foi "programado" para a carreira dos seus ancestrais.
Junto com seu pai, freqüentava o expediente no quartel do 20º Batalhão
dos Sapadores Reais. Aos nove anos ingressou no Colégio Militar e aos 15
na Academia Militar, sempre alcançando o primeiro lugar.
m 1823, incorporado ao regimento comandado pelo seu tio, em serros da
Bahia, José Joaquim de Lima e Silva, que havia assumido o comando das
forças brasileiras, então sob o comando do general (mercenário) francês
Pedro de Labatu, que lutavam contra as tropas portuguesas do famigerado
sanguinário brigadeiro Luiz Ignácio Madeira de Mello. Vencido na batalha
do Pirajá, Madeira de Mello recua para a cidade de Salvador e aceita os
termos impostos pela rendição. Ele abandona a cidade e se retira para a
sua pátria, Portugal.
umprida, com heroísmo, esta missão, seguiu Caxias com seu regimento
para o Maranhão, sufocando lá a Balaiada com tanto denodo que lhe valeu a
promoção ao posto de coronel. Voltando ao Rio de Janeiro, foi destacado
para sufocar a rebelião de Sorocaba, chefiada pelo ex-presidente da
Província de São Paulo, Rafael Tobias de Aguiar. Contou com a
participação da Marquesa de Santos, com o padre Diogo Antônio Feijó,
ex-regente do Império e outras figuras importantes de uma monarquia
agonizante (isso acontecia em 1842, dois anos após a falsa maioridade do
príncipe D. Pedro, futuro Pedro II).
ufocada a rebelião de Sorocaba, Caxias foi chamado a pacificar Minas
Gerais, derrotando os liberais daquela Província. Em 1845, conseguia
pacificar o Rio Grande do Sul, convulsionado com dez anos de guerra
civil, onde usou de toda a sua competência e autoridade de verdadeiro
estadista, conseguindo uma paz honrosa para os combatentes. Foi honrado
com as insígnias de general e o título nobre de Marquês de Caxias. Em
1851/52 lutou no Uruguai, contra o caudilho Oribes e os partidários do
ditador argentino Juan Manoel Rosas. Em 1855 foi nomeado Ministro da
Guerra, em 62 presidiu o Conselho e em 63 chegou a Senador. A guerra
contra o Paraguai seguia a passos lentos, com brilhantes vitórias e
alguns reveses, como o de Curupaiti, de sérias conseqüências. Caxias foi chamado a assumir o comando das forças aliadas,
substituindo o argentino Bartolomeu Mitre. Reorganizou, rearmou,
disciplinou e saneou os exércitos aliados e partiu para a ofensiva,
vencendo as forças regulares do "El Supremo" ditador paraguaio Francisco
Solano Lopes. O cerco de Humaitá, a batalha do Avaí, os combates de
Lomas Valentina, Angostura e Itororó abriram a porta da capital
paraguaia às tropas brasileiras e aliadas. Esta fase da guerra foi
chamada de "Dezembrada" e culminou com a entrada triunfal dos aliados em
Assunção no dia 5 de janeiro de 1869. Porém a guerra não terminou aí,
pois Lopes se retirou para o nordeste com os remanescentes de suas
tropas.
axias, já velho e cansado, passou o comando para o príncipe Gastão de
Orleans, o Conde d´Eu, que perseguiu o inimigo até o Cerro Corá, onde
alcançou a 1º de março de 1869. O cabo Chico Diabo matou o ditador e a
guerra acabou. Foram suas últimas palavras: "Me muero com mi pátria".
Caxias morreu em 1880.
DUQUE DE CAXIAS
BIOGRAFIA
Marechal de Exército- Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro (25 de agosto 1803 - 7 de maio 1880)
"Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.
Em 22 nov 1808, assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar.
Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador, como ajudante, com ele recebendo o batismo de fogo, em 3 maio 1823, nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura.
http://recantodasletras.uol.com.br/homenagens/385898
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