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18.6.11

A INFLUÊNCIA DOS JOGOS NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA


             Os estudiosos Jean Piaget, Chateau e wallon desenvolveram trabalhos dentro da Psicologia Genética, dando grande valorização aos jogos e mostrando a sua importância em cada uma das fases de desenvolvimento humano.

Fase Sensório-motora (maternal-de 1 a 2 anos)

Nessa fase a criança pega, olha,ouve, apalpa, mexe em tudo e com isso desenvolve os seus sentidos, seus músculos, sua percepção e seu cérebro.O jogo é a assimilação do real, pois consiste em exercícios com o próprio corpo. Na medida em que a criança movimenta os braços, pernas, empurra e amontoa objetos para ver no que vai dar, satisfaz a sua curiosidade de forma prazerosa.

As brincadeiras dos bebês não são apenas estímulos físicos, são também impressões que vão ficar registradas no cérebro, aflorando no seu desenvolvimento cognitivo.

Segundo Piaget, quanto mais uma criança ouve e vê mais ela quer ouvir e ver, pois as informações enviadas ao cérebro geram sempre conecções novas que as mantêm sempre ativas. Vendo e ouvindo a criança aprende milhares de informações.

Na primeira infância da criança é imprescindível a presença do adulto para estimulá-la de todas as formas: falar, ler histórias, brincar, correr, pois esse apoio é determinante na formação de seu comportamento dentro da sociedade. Esse contato da criança com o adulto é o primeiro sinal da educação lúdica.

Fase Simbólica (de 2 a 4 anos)

É a fase mais importante para a vida da criança, em todos os aspectos; ela reconhece-se como ser humano, diferente dos outros animais. Esse é o momento em que a criança monta e desmonta coisas, com uma intenção inteligente.

Nessa fase, a criança brinca de faz-de-conta como forma de expressão do mundo que viu e interiorizou, por isso ela participa de todos os tipos de brincadeiras, que são verdadeiros estímulos ao seu desenvolvimento intelectual, pois quanto mais informações receber, mais registro ocorrerá em seu cérebro.

Neste período, as crianças gostam da companhia dos adultos. É a fase do "egocentrismo", onde elas são o centro de tudo e tudo se volta para o seu "eu".

Por isso apegam-se a suas coisas e não abrem mão delas, não sabem compartilhar, e os jogos com regras não funcionam. Gostam de estar junto com os pais e com outras crianças;executam pequenas ordens com satisfação, que são coisas importantes para o seu crescimento intelectual e social. Um bom relacionamento afetivo e sadio é importante para o seu equilíbrio emocional.

Fase Intuitiva (de 4 a 6/7 anos)

É a fase em que a criança imita tudo e tudo quer saber (fase do porquê).

Os jogos passam a ter uma seriedade absoluta na vida das crianças e um sentido funcional e utilitário, dando preferência àqueles de movimentação do corpo. Da mesma forama que correr, pular, arremessar desenvolve os músculos amplos, o rasgar, rabiscar, pintar desenvolvem os movimentos finos necessários à alfabetização.

Os jogos dos quais as crianças participam nessa fase, constituem-se verdadeiros estímulos que vão enriquecer os esquemas perceptivos e operativos, funções essas que combinadas com as estimulações psicomotoras definem alguns aspectos básicos, que vão propiciar o domínio da leitura e da escrita.

Os jogos na pré-escola justificam-se, pois através dles a criança vai construír uma série de informações cognitivas que vão lhe garantir uma maturação de novos conhecimentos, principalmente para a leitura e escrita.

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