JUSTIFICATIVA: Com o novo
ano letivo que começa, dá-se início a readaptação das crianças que já
frequentavam a escola e também a adaptação das crianças novas. São muitas as
novidades: professoras, sala de convívio, colegas novos, etc. E para fazermos
desse período o mais agradável possível, pensamos em um projeto que reunisse
atividades interessantes, muito aconchego, ambiente acolhedor e acima de tudo
dedicação, amor, carinho e paciência por parte das professoras, sendo muito
importante o entendimento sobre o que é adaptação e como se dá esse período de
tantos desafios.
“Marcado por
encontros e desencontros, a adaptação escolar é o momento em que a criança e
seus familiares passam a criar com a escola relações afetivas destinadas a
favorecer a construção de um mundo social mais amplo em que estejam presentes
muitas conquistas e aprendizagens”. (Luciana Wolker da Silva)
“Como adaptação e
separação caminham juntas, o ingresso na escola tende a gerar ansiedade. Assim
é importante que este período se organize de forma gradual, com pais orientados
e seguros acerca do que esperam para os filhos que ingressam na escola, para que
esse sentimento seja entendido, discutido e superado pelos envolvidos”.
(Luciana Wolker da Silva).
Nesse sentido, consideramos
importantíssima a parceria e a interação família/ escola para que haja a
construção de laços saudáveis favoráveis a troca de vivências e ao pleno
desenvolvimento da criança, sendo ela o principal sujeito da adaptação. Sabemos
que a confiança e a segurança dos pais vão sendo construídas à medida em que
vão conhecendo as professoras e o seu trabalho, por isso desejamos que esse período
seja de muita parceria, compreensão, carinho e confiança.
TEMPO PREVISTO: ____/_____/ 2014 até
____/_____/2014 , sendo:
a) CRIANÇAS
INICIANTES: Duas crianças, por semana, de cada grupo com horário reduzido (9:00
às 15:00 h) para que possam se adaptar ao espaço e pessoas, recebendo atenção
individualizada e oportunidade de se adaptar de forma mais tranquila. A escolha
das
crianças obedecerá a critérios que consideramos
adequados à adaptação das crianças, sendo:
ü Crianças que residem
na mesma casa farão adaptação no mesmo período;
ü Crianças
matriculadas posteriormente ao planejado, farão a adaptação por ordem de
matricula;
ü A criança que
perder o período reservado exclusivamente a ela, deverá ficar para o final,
para garantir o direito de todas.
OBJETIVOS DIDÁTICOS:
ü Propiciar um
ambiente acolhedor e seguro para a criança, possibilitando um pleno
desenvolvimento físico, emocional e social;
OBJETIVOS COMPARTILHADOS COM OS PAIS E AS CRIANÇAS:
ü Familiarização das
crianças com: as professoras, funcionários , outras crianças, com os
espaços e ambientes, com a rotina;
ü Familiarização das
professoras com: as crianças , seus familiares e responsáveis;
ü Conhecer e
reconhecer as dependências do CEI para a organização dos momentos/ tempos;
ü Estabelecer contato
com a rotina do CEI
ü Reconhecer e
identificar as professoras, funcionários e o grupo e sala de seu filho (a)
ü Reconhecer alguns
pais e funcionários pelo nome e suas funções.
CONTEÚDO
ü Familiarização com
o novo ambiente
ü Percepção de si e
dos demais que dividem o mesmo espaço
ü Separação da
família com tranquilidade por uma parte do dia
ü Garantir e
situar às crianças quanto ao momento de retorno para junto aos seus (familiares
ou responsáveis)
ETAPAS DO TRABALHO:
GESTORES: Realização do
Encontro de pais, professoras e funcionários antes do inicio de
atendimento das crianças, com apresentações dos funcionários e descrição
das atribuições que desenvolvemos no CEI (rotina), destacando
as normas de convivência e período de adaptação.
PROFESSORAS: Continuar a reunião em sala entregando material
necessário para inicio das atividades e explicando a importância da adaptação
nos primeiros meses e a necessidade de participação dos pais nesse processo. E
planejamento das atividades aplicáveis.
ATIVIDADES PROPOSTAS
Nesta etapa, devemos “apostar” numa relação pessoal com o bebê, fazendo
gestos na comunicação corporal. Como sugestão,brincar de: cosquinhas, carícias,
pegar, esconde-esconde, canções, etc. Que comecem também a manejar o material
da sala de convívio, mas sem misturas: torres, construções, telas, bola, etc.
Respeite o jogo livre sem dar muitas ordens, aproveitando para observar seu
comportamento.
Que a refeição, descanso e trocas, não se convertam em algo rotineiro,
dado que são momentos importantes para estabelecer uma comunicação individual
(evitar pressas, nervosismo, etc.). Que o bebê possa manipular a comida até
realizar com o novo objeto: a colher.
Aproveitar os momentos de troca, para conversar com eles, cantar, nomear
as partes do corpo ao mesmo tempo que as tocas. O descanso deve ser um momento
de relaxamento e tranquilidade com músicas e canções suaves. (Atividades
descritas no planejamento da professora).
Outras atividades:
a) Cantinho acolhedor: Pedir aos pais que enviem na
mochila da criança um objeto em que a criança tenha vivência em casa (
brinquedo, cobertinha, bichinho de pelúcia,
pano....)
b) Os pais trarão uma foto da criança com alguém do
convívio familiar para que a criança sinta no CEI uma pequena extensão de sua
casa na instituição para elaborarmos uma cópia para fazer a confecção de um
painel para anexar ao cantinho acolhedor;
c) As fotos originais serão coladas no caderno
(portfólio) individual da criança;
d) Pesquisa através de um questionário que os pais
responderão sobre aspectos da vida da criança para facilitar e personalizar a
adaptação;
e) As crianças acordarão com músicas clássicas num
momento tranquilo;
f) Dança com Músicas infantis;
g) Confecção com os pais de uma pintura mágica para
colocar no álbum da criança;
h) Brincadeiras com bolas e bonecas;
i) Contação de histórias diariamente;
j) Brincadeiras com bexigas coloridas;
k) Brincadeiras com motocas no solário;
l) Caminhar todos os dias pelos espaços
do CEI para reconhecimento;
m) Chuvinha de papel picado;
n) As crianças levarão um saquinho com bala de goma no último dia da
semama;
MATERIAIS: CDs,
DVDs, brinquedos, folhas variadas, tintas, pinceis, canetinhas, giz de
cera, sucatas, fotos, massa de modelar, areia, água e outros. Também
utilizaremos:
ü Sala de convívio e
solário, como espaço individual
ü Área externa,
sendo: Parque I, parque II, parque III (brinquedos fixos e espaço verde) e
teatro de arena;
ü Espaço coletivo
interno: sala de atividades piscina de bolinhas, cantinho de leitura e TV como
2ª opção em caso de impossibilidade de uso dos espaços externos ou com projeto
de trabalho, teatro de fantoche, triciclos, bicicletas, kits
educativos de SME e outros.
AVALIAÇÃO: Será
realizada de forma contínua e sistemática durante todo o desenvolvimento do
projeto, através de observações e acompanhamento das atividades propostas,
considerando as capacidades e individualidades de cada criança.
Nosso foco na fase de adaptação é a
observação. Avaliaremos individualmente cada criança através da observação e
com registros diários (registro escrito e fotográfico) e durante o período de
adaptação de cada criança faremos um acompanhamento para informar aos familiares
(conversas diárias e entrega da cartinha – atividade trabalhada) e conclusão em
impresso ao seu término, com assinatura dos responsáveis pela criança
e demais envolvidos. Faremos um relatório geral, no
término do período de adaptação do CEI com intenção de registrar os pontos
positivos e negativos visando aprimorar o processo para o ano seguinte.
BIBLIOGRAFIA
Consultoria: Clélia Cortez - Formadora do
Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Edwards, Carolyn. As cem linguagens da criança- ARTMED
Bassedas, Eulália. Aprender e ensinar na Educação Infantil - ARTMED
Referencial Nacional para a Educação Infantil, MEC, 1998.
Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações
Didáticas para a Educação Infantil, PMSP - SME/ DOT, 2007.
Ana Lúcia Antunes Bresciane - Psicóloga, Formadora de
professores e Coordenadora Pedagógica da Escola Recreio, em SP.
Professoras: Doralice Chaves e
Elisângela Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário